quinta-feira, janeiro 12, 2006
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Mensagem do Jose Guilherme - 09 Jan 06
Depois de uma paragem rápida em Namibe, o veleiro Mussulo chegou à "Ilha" do Mussulo em grande estilo...
Ao chegarmos perto da ponta da restinga e para nossa sorte o Mario Tendinha, a Ana Clara, o Militão e esposa, o Nico Pereira de Almeida apareceram no momento certo pois estávamos a dirigir-nos para os baixios a toda a velocidade.
Velas arriadas, barco em baixa velocidade o Nico passou para o nosso barco e com o seu conhecimento da região e com muito tacto conduziu-nos para o interior do Mussulo.
Por coincidência estava preparada a festa de anos do Nico que nos recebeu maravilhosamente juntamente com a Eduarda sua esposa.
Ontem dia 8 de Janeiro viémos para o Clube Naval onde houve nova recepção com direito a champagne e brinde, liderada pelo Mário Fontes e todo o grupo da vela que mais uma vez nos recepcionou à altura da tradição deste Clube, o mais antigo da África fundado em 23 de maio de 1883.
Posso dizer que foi uma das mais fortes emoções da minha vida a entrada na Baía de Luanda à vela e a chegada ao Clube Naval 30 anos após a minha saída de Angola.
Chegamos oficialmente a Luanda no dia 08 de janeiro de 2006, às 16:30, a tripulação está extremamente animada e tranqüila e já estamos a preparar o barco para a volta. Será necessário retirá-lo da água para consertar o leme e o enrolador de genoa também necessita de consertos além das velas que terão que ser revistas.
A quarta perna de volta ao Brasil deve iniciar-se na semana que vem, tão logo estejam prontos os reparos no barco.
Gostava de aproveitar para agradecer a todos os que participaram de forma “virtual” desta viagem, que certamente contribuíram para que nos sentíssemos mais amparados no meio do oceano. Um abraço a todos da minha parte, do Matheus e do Francisco e até ao início da próxima etapa .
José Guilherme Pereira Caldas
Ao chegarmos perto da ponta da restinga e para nossa sorte o Mario Tendinha, a Ana Clara, o Militão e esposa, o Nico Pereira de Almeida apareceram no momento certo pois estávamos a dirigir-nos para os baixios a toda a velocidade.
Velas arriadas, barco em baixa velocidade o Nico passou para o nosso barco e com o seu conhecimento da região e com muito tacto conduziu-nos para o interior do Mussulo.
Por coincidência estava preparada a festa de anos do Nico que nos recebeu maravilhosamente juntamente com a Eduarda sua esposa.
Ontem dia 8 de Janeiro viémos para o Clube Naval onde houve nova recepção com direito a champagne e brinde, liderada pelo Mário Fontes e todo o grupo da vela que mais uma vez nos recepcionou à altura da tradição deste Clube, o mais antigo da África fundado em 23 de maio de 1883.
Posso dizer que foi uma das mais fortes emoções da minha vida a entrada na Baía de Luanda à vela e a chegada ao Clube Naval 30 anos após a minha saída de Angola.
Chegamos oficialmente a Luanda no dia 08 de janeiro de 2006, às 16:30, a tripulação está extremamente animada e tranqüila e já estamos a preparar o barco para a volta. Será necessário retirá-lo da água para consertar o leme e o enrolador de genoa também necessita de consertos além das velas que terão que ser revistas.
A quarta perna de volta ao Brasil deve iniciar-se na semana que vem, tão logo estejam prontos os reparos no barco.
Gostava de aproveitar para agradecer a todos os que participaram de forma “virtual” desta viagem, que certamente contribuíram para que nos sentíssemos mais amparados no meio do oceano. Um abraço a todos da minha parte, do Matheus e do Francisco e até ao início da próxima etapa .
José Guilherme Pereira Caldas
domingo, janeiro 08, 2006
Chegada a Luanda CNL- dia 08 Jan 06
sábado, janeiro 07, 2006
Chegada ao Mussulo dia 07 Jan ás 16:00 GMT
O Mussulo chegou à entrada da Baía do Mussulo ás 16:00 horas GMT.O esperavam várias embarcações e em particular o Nico Pereira de Almeida foi para bordo dando as boas vindas em nome de todos que por lá acompanharam esta viagem. Devido à dificuldade da Barra do Mussulo e calado do Mussulo foi o próprio Nico que pilotou até ao fundeadouro, próximo ao Condomínio Zango, onde estão neste momento.Hoje haverá grande festarola em casa do Nico para comemorar o seu aniversário.
A recepção desde a contra costa do Mussulo será devidamente descrita em breve e em promenor pelo Francisco, com a sua habilidade e sensibilidade.
Para quem não conhece apresenta-se umas fotos satelitais da Península e Ponta do Mussulo.
A recepção desde a contra costa do Mussulo será devidamente descrita em breve e em promenor pelo Francisco, com a sua habilidade e sensibilidade.
Para quem não conhece apresenta-se umas fotos satelitais da Península e Ponta do Mussulo.
27º contacto com o Mussulo dia 06 Janeiro 06
Ontem pela primeira vez nesta viagem os rádios amadores não conseguiram contacto com o Mussulo.O rádio do Mussulo está a cortar a cada três palavras.É outro tema a ser verificado em Luanda.Pode ser coisa simples do próprio micro,já que a antena e acoplador foi revisada pelo Vítor ( rádio amador de Namibe).
Apenas conseguiram escutar a latitude e mesmo assim não puderam confirmar.Plotámos no Google Earth a latitude e cruzámos a mesma com o rumo entre a posição do dia anterior ás 19:00 horas GNT com as Palmeirinhas.Nessas condições o Mussulo, alcançaria as Palmeirinhas onde o espera o Nico Almeida e outros barcos hoje dia 7 cerca das 16:00 horas GNT . Até ao Mussulo , Clube dos Pescadores levaria mais duas horas e meia.
A imagem que se presenta a plotagem do dia 6 é estimada.
quinta-feira, janeiro 05, 2006
26º contacto com o Mussulo dia 05 janeiro 06
O Mussulo zarpou ás 01:00 hrs GMT de Namibe e ás 19:00 horas GMT quando foi realizada a comunicação com o Chagas em Aracaju -Sergipe -Brasil estava no rumo 010º com uma velocidade de 7 nós, praticamente sem vento e navegavam a motor, tendo percorrido 126 milhas náuticas. Estavam na latitude de 13º 27' S e longitude 12º 01' E.
Apesar do problema que vem apresentando o rádio, que corta a ligação ao fim de pouco tempo de comunicação ressaltamos a persistência e paciência dos rádios amadores Chagas e Aldir no Rio de Janeiro que têm feito de tudo o impossível para nos passarem as informações diárias. Efectivamente o sucesso na divulgação das informações precisas, com qualidade e em tempo só se deve aos mesmos.
O Mussulo irá directo à "Ilha" do Mussulo onde deverá chegar Sábado no início da tarde.
As imagens em anexo do Google Earth mostram não somente a posição do Mussulo como a completa falta de ventos junto à costa Africana em particular na costa de Angola.
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Texto de Francisco de Amorim-Namibe 4 Jan 06
Ao fim de 31 dias de viagem… finalmente o Namibe!!!
Nas vésperas, mesmo com o rádio a funcionar mal – ficando mudo a cada vez menores espaços de tempo - conseguimos transmitir a nossa posição, indicando uma previsão de chegada entre as 4 e as 6 horas da manhã.
O vento que nos dois últimos dias nos ajudou a rumar ao nosso destino inicial, soprando do quadrante sul, acabou de repente a cerca de 50 milhas da costa! A nossa reserva de diesel deu, muito folgadamente, para percorrermos essa pequena etapa final e entrarmos na belíssima baía do Namibe dentro do horário previsto.
Sabíamos que havia amigos à nossa espera, só não sabendo em que ponto da baía deviam estar. Manhã cinza, meio nebulenta, o comandante fazendo a triangulação, Mateus ao leme e o “tio” em pé tentando avistar algum sinal.
De repente lá estavam uns faróis de carros a indicarem onde devíamos fundear! O entusiasmo a bordo se já era grande aumentou muito, bem como a emoção dos tripulantes!
Às 05h 30m GMT baixamos âncora! Cumprimos a travessia, que, diretamente do Brasil para Angola, não consta que se fizesse desde… desde quando?
Ali, a 50 metros estava um grupo de amigos que nos recebeu com um carinho e um calor humano que nos encheu os corações! Saiu o primeiro Abraço à Vela, à Ana Clara Tendinha e ao irmão Mário, ao Lanucha (Herculano) Dolbeth Costa, ao Victor Reis e ao Álvaro Batista. Não exatamente por esta ordem por que a todos abraçámos no mesmo instante.
Nem cinco minutos depois apareceu o primeiro repórter! Rádio Namibe. Entrevista rápida para sair no primeiro noticiário da manhã.
Formalidades de chegada foram impecavelmente simples e em poucos minutos tínhamos a situção legalizada nesta cidade sensacional.
Os amigos envolveram-nos e fomos tomar o primeiro “matabicho” em terra! Uma delícia! As pessoas viam aquele barquinho ali fundeado e custava-lhes a acreditar que tivéssemos vindo diretamente do Brasil, com 31 dias de viagem… sem escalas! Quase virámos heróis!!!
Não tardou a chegar nova entrevista da TPA – a Televisão de Angola! Sempre envolvidos por um carinho imenso o Diretor de Turismo da Província do Namibe, Alcides Cabral, veio dar-nos mais um abraço, a quem aproveitámos para informar que éramos portadores de um abraço especial do Prefeito do Rio – Eng. César Maia – para o Governador do Namibe.
Enquanto almoçávamos, sempre convidados, um arroz de mariscos de fazer inveja a qualquer sultão, novo repórter, desta vez da Rádio Ecclésia de Luanda. O repórter perguntou até como era possível estar tanto tempo a bordo sem ver terra!
A seguir ao almoço lá estava o Alcides Cabral a informar que o Governador estava ausente da cidade, mas que às 16h o vice Governador, António Correia, nos ia receber. Ao mesmo tempo a Capitania e a Alfândega anunciaram uma vistoria a bordo – que acabou por não se concretizar, possivelmente por terem achada desnecessária, mas que impediu o Comandante e o Matheus de irem à sede do governo. Foi o “tio”! Em poucas palavras explicámos como tinha surgido a ideia de trazer um abraço do Brasil, terra que tanta gente tem oriunda desta Angola, e que o livro que trazíamos era um símbolo desse abraço! O vice Governador agradeceu muito, disse-nos que as gentes do Namibe se sentiam muito tocadas por esse gesto nosso – muito mais pelo nosso feito, do que pelo livro – e por fim, com a TPA presente, a entrega do livro em frente da bandeira de Angola com a fotografia do Presidente José Eduardo dos Santos ao fundo. Reunião simples, rápida, mas carregada de emoção de parte a parte.
A primeira etapa do nosso ABRAÇO estava cumprida.
Os amigos levaram-nos a ver a cidade, como ela está a ressurgir de todo aquele cataclismo que foi a guerra fratricida, seguida de um cataclismo em 2002 – uma imensa inundação que um pequeno rio, quase seco, o Bero, trouxe lá das montanhas do Lubango – que destruiu milhares de casas, e o dia foi de tal forma cheio, que mesmo cansados da viagem, só terminou cerca da meia noite.
É dificil descrever o quanto sentimos, todos, com este primeiro abraço em terras angolanas.
Hoje, dia 4, abastecemos o barco de diesel, adquiriram-se mais cinco bidões de 20L cada para transportar água para bordo, e que nos vão depois aumentar a reserva de diesel – substituindo dois a que a escota da genoa arrancou as tampas e nos fez perder, naqueles dias de mar difícil, 30 litros de combustível.
Neste momento a tripulação , ciceroneada pelo Lanucha, vai dar uma volta pelo deserto, a maravilha que nos atraiu desde que começámos a planejar a nossa travessia.
Vai longo o relato, mas não pode terminar sem uma menção especial, aliás duas:
- a humildade do Matheus, aceitando sempre de sorriso simpático as “acometidas” das brincadeiras do Comandante e do “tio”, e
- a impecável “gestão” de toda a viagem do Comandante José Guilherme que, com uma resistência física impressionante, entre muitas outras coisas, teve subir quatro vezes ao mastro, tarefa quase impossível, parecia dormir sempre com um olho aberto e outro fechado, atento a tudo que parecesse alterar o bom andamento do “Mussulo”, e que sobretudo transformou estes 31 dias de quase clausura num diminuto espaço, numa viagem a que os três, na véspera da chegada, foram unânimes em se espantar como tanto tempo tinha passado sem que agora se apercebessem disso!
Levantar ferro previsto para hoje ao fim do dia.
Que bons ventos nos levem agora até Luanda, dois e meio a três dias de viagem, levando o barco carregado de novas amizades e muito calor humano.
Obrigado a esses amigos que deixaremos, mas que seguem “aqui dentro”, conosco. Sensacional.
Nas vésperas, mesmo com o rádio a funcionar mal – ficando mudo a cada vez menores espaços de tempo - conseguimos transmitir a nossa posição, indicando uma previsão de chegada entre as 4 e as 6 horas da manhã.
O vento que nos dois últimos dias nos ajudou a rumar ao nosso destino inicial, soprando do quadrante sul, acabou de repente a cerca de 50 milhas da costa! A nossa reserva de diesel deu, muito folgadamente, para percorrermos essa pequena etapa final e entrarmos na belíssima baía do Namibe dentro do horário previsto.
Sabíamos que havia amigos à nossa espera, só não sabendo em que ponto da baía deviam estar. Manhã cinza, meio nebulenta, o comandante fazendo a triangulação, Mateus ao leme e o “tio” em pé tentando avistar algum sinal.
De repente lá estavam uns faróis de carros a indicarem onde devíamos fundear! O entusiasmo a bordo se já era grande aumentou muito, bem como a emoção dos tripulantes!
Às 05h 30m GMT baixamos âncora! Cumprimos a travessia, que, diretamente do Brasil para Angola, não consta que se fizesse desde… desde quando?
Ali, a 50 metros estava um grupo de amigos que nos recebeu com um carinho e um calor humano que nos encheu os corações! Saiu o primeiro Abraço à Vela, à Ana Clara Tendinha e ao irmão Mário, ao Lanucha (Herculano) Dolbeth Costa, ao Victor Reis e ao Álvaro Batista. Não exatamente por esta ordem por que a todos abraçámos no mesmo instante.
Nem cinco minutos depois apareceu o primeiro repórter! Rádio Namibe. Entrevista rápida para sair no primeiro noticiário da manhã.
Formalidades de chegada foram impecavelmente simples e em poucos minutos tínhamos a situção legalizada nesta cidade sensacional.
Os amigos envolveram-nos e fomos tomar o primeiro “matabicho” em terra! Uma delícia! As pessoas viam aquele barquinho ali fundeado e custava-lhes a acreditar que tivéssemos vindo diretamente do Brasil, com 31 dias de viagem… sem escalas! Quase virámos heróis!!!
Não tardou a chegar nova entrevista da TPA – a Televisão de Angola! Sempre envolvidos por um carinho imenso o Diretor de Turismo da Província do Namibe, Alcides Cabral, veio dar-nos mais um abraço, a quem aproveitámos para informar que éramos portadores de um abraço especial do Prefeito do Rio – Eng. César Maia – para o Governador do Namibe.
Enquanto almoçávamos, sempre convidados, um arroz de mariscos de fazer inveja a qualquer sultão, novo repórter, desta vez da Rádio Ecclésia de Luanda. O repórter perguntou até como era possível estar tanto tempo a bordo sem ver terra!
A seguir ao almoço lá estava o Alcides Cabral a informar que o Governador estava ausente da cidade, mas que às 16h o vice Governador, António Correia, nos ia receber. Ao mesmo tempo a Capitania e a Alfândega anunciaram uma vistoria a bordo – que acabou por não se concretizar, possivelmente por terem achada desnecessária, mas que impediu o Comandante e o Matheus de irem à sede do governo. Foi o “tio”! Em poucas palavras explicámos como tinha surgido a ideia de trazer um abraço do Brasil, terra que tanta gente tem oriunda desta Angola, e que o livro que trazíamos era um símbolo desse abraço! O vice Governador agradeceu muito, disse-nos que as gentes do Namibe se sentiam muito tocadas por esse gesto nosso – muito mais pelo nosso feito, do que pelo livro – e por fim, com a TPA presente, a entrega do livro em frente da bandeira de Angola com a fotografia do Presidente José Eduardo dos Santos ao fundo. Reunião simples, rápida, mas carregada de emoção de parte a parte.
A primeira etapa do nosso ABRAÇO estava cumprida.
Os amigos levaram-nos a ver a cidade, como ela está a ressurgir de todo aquele cataclismo que foi a guerra fratricida, seguida de um cataclismo em 2002 – uma imensa inundação que um pequeno rio, quase seco, o Bero, trouxe lá das montanhas do Lubango – que destruiu milhares de casas, e o dia foi de tal forma cheio, que mesmo cansados da viagem, só terminou cerca da meia noite.
É dificil descrever o quanto sentimos, todos, com este primeiro abraço em terras angolanas.
Hoje, dia 4, abastecemos o barco de diesel, adquiriram-se mais cinco bidões de 20L cada para transportar água para bordo, e que nos vão depois aumentar a reserva de diesel – substituindo dois a que a escota da genoa arrancou as tampas e nos fez perder, naqueles dias de mar difícil, 30 litros de combustível.
Neste momento a tripulação , ciceroneada pelo Lanucha, vai dar uma volta pelo deserto, a maravilha que nos atraiu desde que começámos a planejar a nossa travessia.
Vai longo o relato, mas não pode terminar sem uma menção especial, aliás duas:
- a humildade do Matheus, aceitando sempre de sorriso simpático as “acometidas” das brincadeiras do Comandante e do “tio”, e
- a impecável “gestão” de toda a viagem do Comandante José Guilherme que, com uma resistência física impressionante, entre muitas outras coisas, teve subir quatro vezes ao mastro, tarefa quase impossível, parecia dormir sempre com um olho aberto e outro fechado, atento a tudo que parecesse alterar o bom andamento do “Mussulo”, e que sobretudo transformou estes 31 dias de quase clausura num diminuto espaço, numa viagem a que os três, na véspera da chegada, foram unânimes em se espantar como tanto tempo tinha passado sem que agora se apercebessem disso!
Levantar ferro previsto para hoje ao fim do dia.
Que bons ventos nos levem agora até Luanda, dois e meio a três dias de viagem, levando o barco carregado de novas amizades e muito calor humano.
Obrigado a esses amigos que deixaremos, mas que seguem “aqui dentro”, conosco. Sensacional.
terça-feira, janeiro 03, 2006
CHEGARAM A NAMIBE DIA 03 JAN 2006
Hoje ás 05:30 horas locais o Mussulo entrou na Baía de Namibe e ás 6:25 estava ancorado em frente ao Lodge do Rui Tendinha. As fotos tiradas pela Ana Clara e enviadas por email mostram o Mussulo já ancorado e o José Guilherme em terra firme. Esperamos receber mais algumas com o Francisco e Matheus.
Chegámos a Madrid ás 06:15 GMT e quando abrimos o telemóvel ( celular) ainda no aeroporto recebemos um SMS comunicando a hora da chegada a Namibe. Posteriormente por telefone, directamente com o Francisco e José Guilherme foi-nos transmitida a emoção que tiveram com a impressionante recepção que foi organizada.Desde o Vitor que ficou na escuta por rádio e o Álvaro Baptista que confirmaram a chegada do Mussulo e transmitiram a todos que estavam na expectativa da chegada e que por sua vez organizaram aquela hora da manhã com os faróis dos carros a indicação para o local de ancoragem, ao Rui Tendinha que está alojando no seu Lodge a tripulação, ao Mário Tendinha que tem sido incansável na divulgação e apoio, à Ana Clara sua irmã que está de férias na terra natal depois de 33 anos e que além de estar presente, emprestou o seu telefone ( roaming de Portugal-manda a conta depois) para que todos pudessem comunicar-se com as suas famílias. Realmente é fantástico e nós que já andámos pelo mundo podemos dizer que somente em Angola , com angolanos de raiz ou não, com todos os que lá viveram e por qualquer que seja o motivo sairam, isto se passa.
A esta hora já foram entrevistados, pela TV de Angola e RádioLocal, assim como foram recebidos pelo Governador , já comeram caranguejos de gosto impar e amanhã para recordar ao Francisco e José Guilherme darão uma volta pelo deserto.
Amanhã também abastecerão o Mussulo de diesel e água e à noite largarão com rumo a Luanda e desta vez caso não haja ventos usarão o motor para ajudar e não sofrerem mais atrasos.
25º contacto com o Mussulo dia 02 Janeiro 06
No contacto realizado ás 19:00 horas GMT o Mussulo estava a 58 milhas náuticas de Namibe, na latitude Sul 15º 24' e Longitude Este 11º 09'. Em face desta posição a previsão de chegada com relativa segurança era ás 5 ou 6 horas da manhã de dia 03 de Janeiro 06.
Continuava no rumo 080º com velocidade média de 7 nós.
O rádio amador local Vitor irá manter contacto com o Mussulo durante a noite para que possa antecipar a hora da chegada com maior precisão.
domingo, janeiro 01, 2006
24º contacto com o Mussulo dia 01 Jan 06
O Mussulo está definitivamente em águas angolanas a 186 milhas náuticas de Namibe.
Está rumando a 080º com vento de sudeste de 17 nós e navega a uma velocidade de 6,5 a 7 nós, a qual mantida estariam chegando a Namibe dia 3 pela manhã.
O céu estava nublado e a posição ás 19:00 horas GMT era de 16º 04' S de Latitude e 08º 54' de Longitude.
Recebemos os dados referentes a passaportes e registo da embarcação para que as mesmas sejam passadas para Álvaro Batista em Namibe de tal modo a " suavizar" o trâmite de entrada no País.
Gostaríamos de agradecer uma vez mais ao João da Costa (África do Sul) e Victor ( Namibe-Angola) todo o seu apoio em particular o nosso pedido de ficarem na escuta no período de 19:00 ás 19:05 GMT, quando os rádios amadores de Brasil que se encontram a distância maior fazem o contacto diário. A pedido de Chagas (Sergipe) e Aldir ( Rio de Janeiro) enviamos o sinceros agradecimentos.
Estamos viajando para Madrid amanhã dia 02 e chegando dia 03 de Janeiro, quando tentaremos fazer um contacto directo por telefone com o Mussulo.
sábado, dezembro 31, 2005
23º contacto com o Mussulo dia 31 Dez 05
O Mussulo estava rumando hoje a 090º directamente a Namibe.Navegava a uma velocidade de 5,5 nós com vento de sul/sudeste de 10 a 15 nós. O mar estava calmo e céu limpo.
O Mussulo estava ás 19:00 horas GMT de 31 dezembro de 05 na latitude 17º 04' S e longitude 06º 48' E. A previsão de chegada a Namibe de 2 para 3 de Janeiro mantém-se visto que faltam aproximadamente 286 milhas náuticas.
Apesar de o motor ser somente usado para reforçar o carregamento das baterias e quando das comunicações por rádio, as reservas de diesel estão no limite. Se os ventos reduzirem substancialmente de intensidade o Mussulo terá dificuldade de alcançar o Porto de Namibe.
Fizémos hoje contacto com o Mussulo através de uma triangulação realizada por nós via telefónica com Aldir e Chagas no rádio. A tripulação estava de muito bom animo apesar de tal como o Natal passarem o Ano no mar já no limite das águas angolanas e deseja a todos uma Óptima passagem de ano.
22º contacto do Mussulo dia 30 Dez 05
O vento continua no quadrante sul/sudeste com 12 nós. O Mussulo está rumando a 080º directamente a Namibe e mantida as condições de vento arribará entre dia 2 e 3 de Janeiro. No telefonema que fizémos hoje para Namibe para Mário Tendinha, que por lá está a passar férias com toda a família soubemos que está sendo preparada uma recepção de todo o tamanho com barcos de pesca lanchas veleiros etc. Além disso será entrege um DVD fantástico com 493 musicas, do que há de melhor da musica angolana e cabo verdeana, gravado e dedicado à tripulação pelo nosso amigo Rui Benevides e levado em mãos de Lisboa pela Ana Clara Tendinha Rivera.
Gostaríamos de agradecer o apoio da familía Tendinha, do Álvaro Batista e do rádio amador Vitor em Namibe, além do João Costa na África do Sul que conosco, Angola e com o Mussulo tem feito uma ponte através de rádio extraordinária. Saliente-se que enquanto estavam fazendo a comunicação com rádio realizada hoje por este, a tripulação do Mussulo pescou o primeiro peixe da viagem( a festa foi grande).
Basicamente a parada em Namibe será para reabastecer diesel, já que além do piloto automático o Mussulo não apresentou mais problemas.
O Mussulo estava navegando a uma velocidade de 6,5 a 7 nós o tempo estava parcialmente nublado e o mar tranquilo com ondas de 2 m.
A posição do Mussulo ás 19:00 horas GMT era de 17º 52' S, 04º 52' E, e estava portanto a 445 milhas náuticas de Namibe.
quinta-feira, dezembro 29, 2005
21º contacto com o Mussulo dia 29 dez 05
No contacto realizado pelo rádio amador Chagas ás 19:00 horas GMT o Mussulo estava no rumo verdadeiro 70 a 80 º , os ventos da parte da tarde sopravam de Leste com velocidades de 5 a 10 nós , mas de manhã estiveram calmos, assim como mar.
Todavia e apesar de que os ventos rondaram para sul, portanto mais favoráveis e estarem neste momento rumando a Namibe, dependente da intensidade dos mesmos ( que reduziu de ontem para hoje) definirão amanhã se aportam em Namibe ou rumarão directo a Luanda.
A posição do Mussulo era de 18º 39' de latitude Sul e 02º 49' de longitude Este.
O Mussulo está a 620 e 915 milhas respectivamente de Namibe e de Luanda
20º contacto com o Mussulo dia 28 Dezembro 2005
A tripulação estava bastante animada hoje depois do concerto das velas, do vento continuar de Sudeste com 15 a 20 nós e terem percorrido cerca de 160 milhas.
Estão com rumo entre 65 a 75º e velocidade de 7 a 8 nós.
O tempo estava encoberto e o mar calmo.
A posição ás 19:00 horas GMT era de 19º 32' S de latitude e 00º 59' E de longitude tendo portanto cruzado o meridiano de Greenwhich ( longitude Este).
Hoje além do contacto via rádio por Chagas em Sergipe foi realizado simultaneamente contacto com um rádio amador de Namibe ( Victor) e outro de Johanesburg, além do contacto realizado por João da Costa de Cape Town todos em muito boas condições.
Realizámos também uma tentativa de ponte telefone x rádio por Las Palmas mas apesar do Mussulo estar a escutar bem nós não entendemos absolutamente nada. Rafael que fez o contacto por rádio e a ponte para o telefone também teve dificuldade de transmitir as mensagens. Amanhã será confirmado mas em principio a peça ( Drive) do leme automático será comprada em Buenos Aires e levada para Madrid- Lisboa em mãos pelo José Filipe Caldas. De lá tentar-se-á a melhor maneira de a enviar para Luanda. A peça tem aproximadamente 1.ooo mm x 197 mm x 114 mm e pesa cerca de 5 kg.
terça-feira, dezembro 27, 2005
19º contacto com o Mussulo dia 27 dez 2005
No contacto por rádio realizado hoje ás 19:00 horas GMT o Mussulo estava no rumo 55 a 60º com velocidade de 7,0 a 7,5 nós ,os ventos continuavam de sudeste com 15 a 16 nós e a latitude era de 21º 07' S e Longitude 00º 49' W ( praticamente cruzando o Meridiano de Greenwhich).
Em face da direcção de ventos e caso os mesmos se mantenham o Mussulo rumará directamente a Luanda onde deverá arribar dia 5 a 6 de Janeiro. Caso o vento ronde para sul, o qual de acordo ás informações meteorológicas está previsto, neste caso o Mussulo rumaria a Namibe conforme programado, onde chegaria dia 2.
Conseguiram solucionar o problema com a genoa estando a usar a mesma o qual evidentemenete deu uma maior velocidade ao Mussulo ( de 4,5 nós ontem, para 7,5 nós hoje).
A tripulação continua com muita boa disposição apesar da tendêncai de passarem o Ano Novo no Oceano mas provávelmente em águas angolanas.
O Drive do piloto automático conseguiu-se um em Buenos Aires e outro em Lisboa. Conforme instruções do José Guilherme será adquerido o que está reservado em Lisboa e amanhã em principío através do contacto que faremos decidir-se-á o transporte para Luanda.
Em face da direcção de ventos e caso os mesmos se mantenham o Mussulo rumará directamente a Luanda onde deverá arribar dia 5 a 6 de Janeiro. Caso o vento ronde para sul, o qual de acordo ás informações meteorológicas está previsto, neste caso o Mussulo rumaria a Namibe conforme programado, onde chegaria dia 2.
Conseguiram solucionar o problema com a genoa estando a usar a mesma o qual evidentemenete deu uma maior velocidade ao Mussulo ( de 4,5 nós ontem, para 7,5 nós hoje).
A tripulação continua com muita boa disposição apesar da tendêncai de passarem o Ano Novo no Oceano mas provávelmente em águas angolanas.
O Drive do piloto automático conseguiu-se um em Buenos Aires e outro em Lisboa. Conforme instruções do José Guilherme será adquerido o que está reservado em Lisboa e amanhã em principío através do contacto que faremos decidir-se-á o transporte para Luanda.
18º contacto com o Mussulo dia 26 Dezembro 2005
Dia 26 foi realizado contacto por rádio com o Aldir no Rio de Janeiro e com João da Costa do seu barco Calema numa pequena baía dentro da Saldanha Bay que passaram as seguintes informações:
O Mussulo mantinha o rumo de 45º com velocidade média de 4,5 nós e o vento continuava soprando de Sudeste com 14 a 18 nós.O tempo estava chuvoso pela manhã e encoberto à tarde.
A posição do Mussulo ás 19:00 horas de dia 26 de Dezembro era de 22º 14' S, 02º 06' W.Ontem cruzaram o Trópico da Capricórnio e hoje estão quase a cruzar o Meridiano de Greenwhich como se pode verificar pela imagem.
Estão a velejar durante a noite somente com a vela grande por precaução devido ao problema do enrolador da genoa. Durante o dia estão usando uma vela improvisada na proa.
O gasóleo têm 100 lts e estão a poupar, porque o motor gasta 4 lts por hora.Por esse motivo estão a pensar reduzir o tempo de contacto por rádio dando somente a posição.Para o sistema de cargas das baterias estão usando os dois painéis solares mas por vezes tem que carregar com o alternador do motor( que gasta gasóleo).
Estão com boas reservas de água e portanto sem problemas de contenções.
domingo, dezembro 25, 2005
17º contacto com o Mussulo dia 25 de Dezembro de 2005
Neste dia 25 de Natal de 2005 não poderemos deixar estar sensibilizados e de dar um agradecimento especial ao apoio incomensurável e empenho que o Aldir Barreto tem feito nas comunicações com o Mussulo. Os contactos que tem sido directos ou através de outros seus colegas, como tem sucedido com Chagas em Sergipe tem sido fundamentais para a passagem de informações. Hoje por exemplo foi realizada uma triangulação com o João Costa x Pinto na África do Sul, que se prontificaram de imediato a verificar a disponibilidade da peça do piloto automático em Cape Town e de enviá-la para Angola (desde já os nossos agradecimentos pelo apoio).
Recebemos hoje através da dita comunicação uma informação mais promenorizada da avaria com as velas.Trata-se do enrolador da Genoa( vela de proa) que está avariado e que obrigou a utilizar uma vela de reserva, assim como uma vela de tempo na vela grande ( mestra).
O Mussulo está no rumo 45º a uma velocidade média de 7,5 nós , com vento de sudeste de 18 a 20 nós , mar com ondas de 2 a 3 m e tempo chuvoso pela manhã.
A posição ás 19:00 horas de dia 25 dezembro de 2005 era 23º 34' S, 03º 01' W.
Anexo uma imagem do Google com a posição do Mussulo( para ampliar basta clicar na mesma).
sábado, dezembro 24, 2005
16º contacto com o Mussulo dia 24 dez 05
O contacto foi realizado de novo ás 19:00 horas de dia 24 de Dezembro .O Mussulo rumava a 055º, com velocidade de 6 nós, ventos de S/SE de 15 a 20 nós e mar forte.
Apesar da intensificação dos ventos a mesma não se tem traduzido numa velocidade maior do Mussulo apenas dispõe da vela grande (principal), já que a tentativa de usar a vela reserva não deu resultado. A avaria no leme automático tem obrigado á permanência constante de um dos tripulantes no leme. Os calos quando chegarem vão ser mais que muitos, todavia a moral a bordo estava bastante alta.
O Mussulo encontrava-se na posição 24º 59' S, 04º 09' W e mantendo-se estas condições a expectativa de chegada a Namibe é de dia 2 a 3 de Janeiro.
Ou seja os navegadores além do Natal em princípio passarão no mar a passagem de ano.
Hoje também contactámos via telefónica um operador de Las Palmas nas Ilhas Canárias que se havia comunicado com o Mussulo por rádio e nos passou as especificações do sistema eléctrico do leme automático para que seja adquirido um novo e despachado para Angola. Tentaremos verificar qual o processo mais eficiente para o fazer considerando que além do transporte propriamente dito haverá também as questões alfandegárias e burocracias respectivas.
Juntamos uma imagem com a posição de hoje do Mussulo e respectivo quadro de ventos. (Para ampliar a imagem basta clicar na mesma).
15º contacto com o Mussulo dia 23 dez 2005
O contacto só foi possível ás 19:00 horas GMT de dia 23.As condições de propagação durante a tarde tem sido bastante melhores. O mussulo encontrava-se na latitude de 26º 05' S e longitude de 05º 27' W com rumo 067º em direcção directa a Namibe. Navegava a 7 nós de velocidade média, com ventos de S/SE e velocidades de 15 nós. O mar estava relativamente calmo.
O leme automático voltou a avariar com o aumento da intensidade dos ventos e tentaram colocar a vela de reserva de proa que se avariou durante a tempestade.
O leme automático voltou a avariar com o aumento da intensidade dos ventos e tentaram colocar a vela de reserva de proa que se avariou durante a tempestade.