03/Dez – Dia da largada
Às 14h50 o Tio solta o primeiro apito, e avisa que sobram só dez minutos para todos se abraçarem e despedirem!
Cinco minutos depois segundo apito. Algumas lágrimas teimam em aparecer, escondidas, sobretudo nos olhos da “Tia” que, mesmo a contra gosto, licenciara o “Dom Quixote” para esta aventura.
Às 15h00, precisas, o “Mussulo”, embandeirado, imponente, solta as amarras da Marina da Glória.
O Comandante, avisado do quase-desastre do diesel-água, limitou-se
a dizer que teríamos que voltar ao Iate Clube para reabastecer!
Em poucos segundos o “Mussulo” afasta-se do cais, sobe o grande e, lá vai ele a caminho do Iate Clube, reabastecer o tanque que se esvaziara. Atraca, carrega quase cem litros, e agora, sim, vai começar a grande Travessia.
Andados uns escassos metros, desculpem, braças, avista-se uma das defensas do barco que se tinha desprendido e vogava entre as embarcações fundeadas no Clube! Volta atrás, pesca a defensa com o arpão que se carregara para levantar os peixões das grandes pescarias que se pressupunha iam acontecer no alto mar, retoma-se o rumo para a saída da Baía da Guanabara.
Nessa altura o Comandante procedendo a uma mais minuciosa vistoria ao barco, descobre que a bomba de porão não estava a funcionar e que o dito porão estava cheio, cheio de água.
Tio ao leme, procurando navegar sempre no contravento (bolina) para o barco se inclinar, Comandante e Levantador, de joelhos no chão, panos e esponjas, baldes e bartedouros improvisados, despejando a água no lava louças! Ali, dentro da Baía, um bordo até à praia, outro para fora, e volta, diversas vezes, com o barco inclinado para se poder melhor apanhar a água, andou-se mais de uma hora!
Que início, iniciozinho de viagem! Finalmente, eram já 17h30, rumo à saída da Baía, vento totalmente pela proa, a motor, o Mateus após todo aquele começo dentro da cabine, ajoelhado e a apanhar a água, não agüentou e enjoou! O Comandante levou também uma boa estafa, mas rijo como é, ficou firme. Atribuiu toda aquela água, água doce, à grande chuvada que caíra na véspera, porque pelo mastro sempre desce alguma. A verdade é que parecia água demais para ter escorrido pelo mastro. Mas o Comandante falou...
Rumo 140°, a motor, quando uma hora mais tarde se altera para 180° e se desenrola a genoa. Vento fresco, mar muito revolto, bolina (contravento) quase cerrada, andamento entre 2,6 a 3,7 nós, bem devagar, voltou o motor que acabou por trabalhar 6 horas neste primeiro dia.
À noite, ao tentar preparar o jantar, foi a vez do Tio ficar fora de serviço! Já embarcara com o físico derreado, o mínimo esforço acabou com ele! O próprio Comandante não estava lá aquelas coisas!
Resultado, no horário combinado para comunicação com o rádio amador Aldir Muniz, às 22h00, neste primeiro dia ninguém estava em condições de se sentar à mesa de navegação e o fazer. Passou-se assim sem noticiar!
ATENÇÂO: o lançamento do livro, em Lisboa (ou arredores) será no dia 22 de Setembro. Local e hora ainda a definir.Às 14h50 o Tio solta o primeiro apito, e avisa que sobram só dez minutos para todos se abraçarem e despedirem!
Cinco minutos depois segundo apito. Algumas lágrimas teimam em aparecer, escondidas, sobretudo nos olhos da “Tia” que, mesmo a contra gosto, licenciara o “Dom Quixote” para esta aventura.
Às 15h00, precisas, o “Mussulo”, embandeirado, imponente, solta as amarras da Marina da Glória.
O Comandante, avisado do quase-desastre do diesel-água, limitou-se
a dizer que teríamos que voltar ao Iate Clube para reabastecer!
Em poucos segundos o “Mussulo” afasta-se do cais, sobe o grande e, lá vai ele a caminho do Iate Clube, reabastecer o tanque que se esvaziara. Atraca, carrega quase cem litros, e agora, sim, vai começar a grande Travessia.
Andados uns escassos metros, desculpem, braças, avista-se uma das defensas do barco que se tinha desprendido e vogava entre as embarcações fundeadas no Clube! Volta atrás, pesca a defensa com o arpão que se carregara para levantar os peixões das grandes pescarias que se pressupunha iam acontecer no alto mar, retoma-se o rumo para a saída da Baía da Guanabara.
Nessa altura o Comandante procedendo a uma mais minuciosa vistoria ao barco, descobre que a bomba de porão não estava a funcionar e que o dito porão estava cheio, cheio de água.
Tio ao leme, procurando navegar sempre no contravento (bolina) para o barco se inclinar, Comandante e Levantador, de joelhos no chão, panos e esponjas, baldes e bartedouros improvisados, despejando a água no lava louças! Ali, dentro da Baía, um bordo até à praia, outro para fora, e volta, diversas vezes, com o barco inclinado para se poder melhor apanhar a água, andou-se mais de uma hora!
Que início, iniciozinho de viagem! Finalmente, eram já 17h30, rumo à saída da Baía, vento totalmente pela proa, a motor, o Mateus após todo aquele começo dentro da cabine, ajoelhado e a apanhar a água, não agüentou e enjoou! O Comandante levou também uma boa estafa, mas rijo como é, ficou firme. Atribuiu toda aquela água, água doce, à grande chuvada que caíra na véspera, porque pelo mastro sempre desce alguma. A verdade é que parecia água demais para ter escorrido pelo mastro. Mas o Comandante falou...
Rumo 140°, a motor, quando uma hora mais tarde se altera para 180° e se desenrola a genoa. Vento fresco, mar muito revolto, bolina (contravento) quase cerrada, andamento entre 2,6 a 3,7 nós, bem devagar, voltou o motor que acabou por trabalhar 6 horas neste primeiro dia.
À noite, ao tentar preparar o jantar, foi a vez do Tio ficar fora de serviço! Já embarcara com o físico derreado, o mínimo esforço acabou com ele! O próprio Comandante não estava lá aquelas coisas!
Resultado, no horário combinado para comunicação com o rádio amador Aldir Muniz, às 22h00, neste primeiro dia ninguém estava em condições de se sentar à mesa de navegação e o fazer. Passou-se assim sem noticiar!
Nota:
O Tio nada pintou durante a viagem, como seria de esperar, mas depois tem-se entretido a recordar, com algumas tintas - óleo, canetas de feltro e aquarelas - a maravilha que foi aquela aventura!
Acima vão três desses "ataques" à arte!
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