sexta-feira, julho 08, 2011

Os preparativos
Mussulo II

Preparado, alinhado, revisto, o Bavaria 49 saiu orgulhoso de Ilhabela, refugiou-se um pouco na Baía da Guanabara, enquanto passou perto um forte ventão da frente fria, parou uns dias na Baía de Todos os Santos, para pedir a “bença” do grande capitão de longo curso Vasco Moscoso de Aragão, e já está no Recife aguardando o dia da largada para o Mindelo, prevista para 16 de Julho.

Discutem os navegantes e o conhecedor Capitão Vingança, qual o melhor rumo que a meteo “recomenda”, com as situações apresentadas até agora, mas só uma vez em pleno mar é que as decisões podem ser tomadas.

Com relação à “papa” que deverá alimentar os atletas durante esta travessia, algumas sujestões foram apresentadas, incluindo um verdadeiro tratado de como cozinhar bacalhau... que o comandante não aprecia assim tanto!

Vai o barco sair com uma vela nova. Linda. Há quem lhe chame, balão, ou spi, ou ginneker, ou assimétrico, mas tudo vem a dar na mesma. Uma vela linda, mas que só pode ser usada com ventos laterais, ou de popa, que dificilmente vão encontrar no trajeto. Talvez num contravento largo, i.é, numa bolina aberta, mas...

 

Vela lindona !

Esta vela foi uma bela oferta dum grupo angolano. Uma associação cívico-cultural dos ex moradores do Bairro Operário, em Luanda.
Como se vê pelo lema da associação, “AMIZADE” é mesmo uma coisa muito séria, e assim quiseram homenagear quem, há já cinco anos, foi daqui do Rio de Janeiro para Luanda, levar aquele tão falado “Abraço à Vela”.
O Bairro Operário tem uma história antiga na capital, Luanda. Foi um bairro pobre, mas de onde saíram grandes vultos, inclusive o próprio Agostinho Neto ali viveu, enquanto estudava no Liceu Salvador Correia. Os ex moradores daquele bairro, fundaram esta associação para que a história não se perca.

Entretanto é bom que saiba que um dos navegantes faz parte da irmandade dos “Irmãos da Costa”. Esta irmandade, fundada há muitos anos no Chile, tem hoje, espalhados por todo o mundo milhares de “irmãos”, velejadores de alto mar, que se entre ajudam com notícias, apoio técnico e, quando se encontram, muita festa! São uma espécie de descendentes dos corsários e piratas do Caribe... só que em vez de assaltarem o ouro dos espanhóis se limitam a gozar o mar!

Este membro da tripulação nasceu, como já se disse em Moçambique. No Chimoio. Para se ter idéia do que era o “fluxo de trânsito” naquela época, veja a foto da “cidade” e a grande pedra "Cabeça do velho" uma das atrações dos seus arredores.

Entretanto o Comandante anda às voltas com as regatas em Ilhabela, mas... os resultados não têm sido de modo a festejos, muito menos a comemorações! É natural que, desta vez, viagem para Mindelo... não batam em qualquer baixio.

Muita água em baixo da quilha!





2 comentários:

MargaridaCF disse...

Começando a contagem decrescente aqui fica um abraço de quem vai torcer forte!
Um beijinho ao Tio-"escrivão" e outro ao Comandante-aventureiro.
Guida Castro Ferreira

paterhu disse...

Cá estaremos a acompanhar a viajem.
Bons ventos.
Grande abraço a todos.
Mário Tendinha