domingo, fevereiro 12, 2006

Chegada ao Rio de Janeiro...vista de terra!









Este regresso foi uma espécie de parto! Difícil!
Ora tínhamos notícias ora falhavam. Sabíamos que estavam navegando num mar "pedido a Deus" a boa velocidade, mas nada mais além disso. A ansiedade em terra talvez fosse maior do que lá no mar.
Finalmente quinta feira o rádio, com a antena passando por fora do acoplador (olha o acoplador a manifestar-se o "mau da festa"!...) transmitiu a sua posição, que já calculávamos fosse aproximadamente aquela, e previu a chegada à Marina da Glória para as 13H.
De manhã o Comandante, em frente de Saquarema, tal como seria de esperar, conseguiu falar pelo telefone celular e confirmou as 13h. O "tio" ex-auxiliar de navegação, ex-cozinheiro, ex-ex, retificou essa previsão para as 12H. e, às 10 já perscrutava o horizonte da Baía da Guanabara, empoleirado nas pedras da Marina.
11 horas avista-se um ponto lá... lá... bem no fundo. Serão eles? Era um veleiro que parecia dirigir-se para o iate clube - letra minúscula porque este clube não nos merece muito consideração. De repente faz um bordo, velas recolhidas.. era o "Mussulo".
Agita-se o pessoal da Marina, sempre pronto, sempre amável e disponível, que manda uma lancha indicar onde atracar, uma vez que boa parte da mesma Marina está ocupada com a dragagem. Já o Mussulo aparecia, glorioso, orgulhoso, na Marina.
O tio entra na pequena lancha e vai subir a bordo. Tinha que fazer os últimos cem metros, perdão as últimas cem jardas, a bordo! Afinal, apesar de ex, nunca deixara de pertencer àquela tripulação!
Dois fortes e saudosos abraços e logo um preparar de cabos para atracar, no pequeno cais nobre improvisado e posto à disposição do "Mussulo".
Mais uma vez um muito obrigado ao Sérgio Meireles e Nelson Falcão e aos marinheiros que colaboraram na manobra.Finalmente atraca. 11h45m locais.
Pouca gente à espera. Mas uma grande festa e muita alegria.
Algumas fotos ilustram bem o momento.
O comandante já começou a correr atrás da sua vida profissional. Não houve ocasião de se marcar um próximo encontro para uma "revisão" dos pontos principais a memorizar de toda esta sensacional aventura.
Colher as impressões finais que por enquanto ainda nem sequer devem ter começado a sedimentar.
O barco, que trouxe um novo problema no enrolador da genoa, felizmente tendo sido "remediado" pelo comandante, sem afetar o uso da genoa, terá que ficar no Rio um a dois dias para resolver o assunto. Depois irá então para Brachuy, descansar, ser tratado com um herói e todo devidamente revisto para... quem sabe se outra do mesmo quilate.
Parabéns mais uma vez ao comandante e ao Mateus que de marinheiro de primeira viagem hoje se pode, e deve, considerar um marinheiro oceânico!
E parabéns ao "Mussulo" que, mesmo com tantos problemas, cumpriu muito bem a sua missão.
Mas este ABRAÇO não acaba aqui. Há muito ainda para contar.

Francisco Amorim

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabens a todos por esta façanha...aos participantes..pela força, coragem, espirito de aventura, força mental e fisica...etc....aos amigos e familia...pela...paciencia :) Abraços.
Iúri Ribeiro